continuou Cirino, receber o pagamento em duas ametades...
Depois acrescentou, um tanto vexado:
—Se falo nisto agora com esta pressa, é porque também tenho precisão urgente de dinheiro. . Não acha, sr. Meyer?
—Pois não, pois não, concordou o alemão: tem todo o direito.
—Meu amigo, corroborou Pereira, o doutor não trabalha para o bispo; tem que ganhar honradamente a vida.
—Então, como lhe dizia, prosseguiu o outro dirigindo-se para Coelho, o senhor pagar-me-á no principio da aplicação e no fim. Assim, não há enganos... Serve-lhe?
—Que remédio! suspirou Coelho. Eu lhe darei... até trinta mil-réis... ou... quarenta...
—Qual! retorquiu Cirino. O meu preço é um só.
—E a quanto monta?
—A cem mil-réis.
—Cem mim réis! exclamou Coelho aterrado.
—Cinqüenta no principio, cinqüenta no fim.
Gemeu o doente lá consigo.
—Ora o que é isto para você, compadre? interveio Pereira. Um atilho de milho para quem tem tulhas cheias a valer!...
—Nem tanto, nem tanto assim, objetou Coelho.