carioca do Rio de Janeiro, chamo-me José Pinho e venho de bem longe acompanhando este alamão, que é um homem muito de bem.
— É verdade? indagou Pereira, olhando para Meyer.
Este esbugalhou mais os olhos e confirmou tudo com um sinal gutural que ecoou em toda a sala.
—Ele o que tem, continuou José é que é muito teimoso. Eu lhe digo, sempre: Mochu, isto de viajar de noite é uma tolice e uma canseira à-toa... Qual! pensa lá no seu bestunto que assim é melhor. Também a gente anda por estas estradas afora como se fosse alma do outro mundo a penar... algum currupira... ou boitatá ... Cruzes!
—Pois, Sr. Maia, disse Pereira, tome posse desta sala, e faça de conta que é sua... Se quiser uma rede...
—Muito obrigado, muito obrigado! . minha cama é canastra. Não se incomode...
—Amanhã então conversaremos, concluiu Pereira, esfregando as mãos de contente.
Prometia-lhe na verdade a companhia boas ocasiões de dar largas à volubilidade, sobretudo com o tal José Pinho, filho da Corte do Rio de Janeiro e, pelo que parecia, tagarela de grande força.
—Assim, pois, disse Pereira, durmam bem o restante da noite.
E abriu a porta para se retirar.
—Ui! exclamou ele olhando para o céu. Doutor, já passa muito da meia-noite... Com a breca, o Cruzeiro está virando de uma vez...
Cirino, que tornara a deitar-se, com presteza calçou as