não tenha
Um crime, sem eu saber!
Qual será? — Ontem de noite
Eu não pude adormecer! —
E cismava: — Ai! que eu não seja
Menos linda ao meu Senhor!
Já hoje eu corri do claustro:
Dos mortos tive temor...—
E cismava: — Ai! que eu não seja
Ré de um crime que eu não sei,
Bem como o inseto escondido
Na rosa que ontem cortei! —
Ei-la, a cisma da donzela,
Da filha da solidão;
Ei-lo, o remorso que esconde
Nas dobras do coração.
IV
O remorso do malvado
É desespero e loucura,
E a reminiscência dele
O coração lhe tortura.