Nos raios da aurora,
Nos trinos das aves,
Nas brisas suaves,
Na voz da manhã,
Em pé, sobre os montes,
Coum brado que aterra,
Maldigo essa terra
Tão ampla, tão vã.
Os homens odeio,
Com ódio profundo,
Com ódio, que o mundo
Não pôde entender.
Então, quanto quero,
Derramo do peito
O fel, que, desfeito,
Não posso conter.
E clamo em discursos,
Em odes atrozes,
E os brutos ferozes
Me temem de ouvir,
Dos raios que atiro,
Feridas as selvas,
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Aspeto