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VII

Iracema passou entre as arvores, silenciosa como uma sombra; seu olhar scintillante coava entre as folhas, quaes frouxos raios de estrellas; ella escutava o silencio profundo da noite e aspirava as auras subtis que afflavão.

Parou. Uma sombra resvallava entre as ramas; e nas folhas crepitava um passo ligeiro, si não era o roer de algum insecto. A pouco e pouco o tennue rumor foi crescendo e a sombra avultou.

Era um guerreiro. De um salto a virgem estava em face dele, tremula de susto e mais de cholera.

— Iracema! exclamou o guerreiro recuando.

— Anhanga turbou sem duvida o somno de Irapuam, que o trouxe perdido ao bosque da