Iracema corria na mata como a corsa perseguida pelo caçador. Só respirou chegando á campina, que recortava o bosque, como um grande lago.
Quem seus olhos primeiro virão, Martim, estava tranquillamente sentado em uma sapopema, olhando o que passava ali. Contra, cem guerreiros tabajaras com Irapuam á frente, formavão arco. O bravo Cauby os affrontava á todos, com o olhar cheio de ira e as armas valentes empunhadas na mão robusta:
O chefe exigira a entrega do estrangeiro, e o guia respondera simplesmente:
— Matai Cauby, antes.
A filha do Pagé passara como uma flecha: ei-la diante de Martim, oppondo tambem seu corpo gentil aos golpes dos guerreiros. Irapuam soltou o bramido da onça atacada na furna.
— Filha do Pagé, disse Cauby em voz baixa. Conduz o estrangeiro á cabana: só Araken pode salva-lo.
Iracema voltou-se para o guerreiro branco:
— Vem!
Elle ficou immovel.
— Si tu não vens, disse a virgem; Iracema morrerá comtigo.