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— Mas, deveras, você gosta de mim?
— Céus! Por que me fazes essa pergunta? dizia pasmado Anacleto Monteiro.
— Eu sei! Você é tão volúvel!
— Volúvel, eu!
— Sim, você. Já me avisaram a seu respeito.
— Ah!
— Já me disseram que você gasta o seu tempo a namorar, a enganar as moças, e depois...
— Quem foi esse caluniador?
— Foi uma pessoa que você não conhece.
— Carlota, bem sabes que meu coração palpita por ti e somente por ti... Pelo contrário, você é que me parece não gostar nada... Não abane a cabeça; eu posso dar-lhe provas.
— Provas! Venha uma.
— Posso dar vinte. Em primeiro lugar, ainda não pude obter que você me desse um beijo. Que quer dizer isso, seria que você quer só passar o tempo?
Carlota fez uma careta.
— Que tem? que é? disse Anacleto Monteiro angustiado.
— Nada; uma pontada.
— Costumas ter isso?