a mão inexperiente. Na historia dos progressos litterarios de Portugal, desde que a liberdade politica trouxe a liberdade do pensamento, e que o engenho pôde apparecer á luz do dia sem os anginhos de uma censura tão absurda na sua indole, como estupida na sua applicação e esterilisadora nos seus effeitos; nessa historia, dizemos, esta nova edição deve ser julgada principalmente com attenção ao seu motivo, á prioridade das composições nella insertas, e á precisão em que, ao escreve-las, o auctor se via de crear a substancia e a fórma; porque para o seu trabalho faltavam absolutamente os modelos domesticos.
A critica para ser justa não ha-de, porém, attender só a essas circumstancias: ha-de considerar também os resultados destas tentativas, que, a principio, é licito suppôr inspiraram outras analogas, como por exemplo os “Irmãos Carvajales” e “O que foram Portuguezes” do Sr. Mendes Leal, e gradualmente incitaram a maioria dos grandes talentos da