Fernão Vasques escutou a prelecção politica do velho matador de D. Ignez de Castro com religiosa attenção. E resolveu tambem lá comsigo não se deixar cahir no fojo.
“Far-se-ha como apontaes:—disse elle falando com Diogo Lopes—mas se os homens d’armas e bésteiros de João Lourenço Buval descerem do castello...”
“Não te disse, ainda ha pouco, que João Lourenço ficaria quedo no meio da revolta?—Podes estar socegado, que não te certifiquei d’isso só para animares o povo. É a realidade. Agora tracta de dispôr as cousas para que não seja um dia inutil o dia d’ámanhan.”
Pegando então na mão do infante, o feroz Pacheco saíu da taberna, e tomou com elle o caminho da Alcaçova. Fernão Vasques ficou um pouco scismando: depois saíu, dirigindo-se para a porta do ferro, e repetindo em voz baixa:—“Não me precipitarei no fojo!”
Passados alguns instantes de silencio Fr. Roy alevantou devagarinho a cabeça, assentou-se no bofete e poz-se a escutar: depois saltou para o chão, apagou a lampada que ardia no meio da casa, abandonada por Folco Taca logo que o povo tumultuariamente a innundára, chegou á porta, escutou de novo alguns