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Página:Lendas e Narrativas - Tomo II.djvu/146

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e sobretudo a sanctificar pelo casamento as affeições illicitas: era a segunda o fervor modesto e o innocente luxo com que procurava celebrar as festas religiosas, principalmente a de S. Pantaleão, orago da freguezia, e de quem tanto os aldeiões como o velho presbytero criam affincadamente possuir o metacarpo da mão direita, o qual devia ser de outro sancto, ou não-sancto, se acreditarmos (eu cá pela minha parte acredito) os parochianos da sé do Porto, que se gabam de ter debaixo de chave S. Pantaleão in totum, sem lhe faltar dedo de pé nem de mão, quanto mais um metacarpo inteiro.