que, de certo, o puritanismo protestante achou n’algum alfarrabio velho ter sido instituido por Christo!
Temos ouvido lamentar ás pessoas de boa fé excessiva, destas que estudam as nações nas apparencias, e não na vida intima, que o catholicismo não tome entre nós a severidade e decencia exterior do culto anglicano; que o dia consagrado ao Senhor não seja guardado pontualmente; que as nossas igrejas não offereçam na celebração dos officios divinos a gravidade, o silencio, a ordem, o aceio de um templo protestante, nas horas destinadas á oração. No estado actual das sociedades, em que o fervor dos primeiros tempos christãos tem esfriado, em que, tanto entre catholicos como entre protestantes, a religião deixou de ser o primeiro, ou, ao menos, o exclusivo negocio dos homens, o que elles desejam seria impossivel, e se absolutamente um bem, relativamente um grande mal; porque as causas que facilitam esse estado de cousas em Inglaterra são a prova mais clara da morte, se não de uma certa religião vaga, em que os espiritos mais cultivados se alevantam até ao pé do throno de Deus, ao menos da religião positiva, practica, definida, morta e enterrada ha muito na mina de carvão de pedra chamada Gran-Bretanha.