filhos reconhecidos e filhos abandonados, aceitasse corajosamente as imposições do seu organismo e vivesse claramente, à luz da legalidade, com todas as suas consorciadas, sem subterfúgios desleais e dissimulações ridículas?
E os mórmons justificam-se com os exemplos da Bíblia: Lamech, filho de Methusael, teve duas mulheres — Ada e Zilla; Jacob quatro; Abrahão muitas mais; David todas a que herdou de Saul, e Salomão nunca menos de mil.
E entendem que só a poligamia pode realizar o grandioso fim do matrimônio — multiplicar e apurar a espécie; e que ela é a regra instintiva e natural em toda a extensa ordem dos mamíferos que povoam a terra, e que ela é ainda a garantia da felicidade conjugal e dos direitos fisiológicos e sociais da descendência.
Não há dúvida! Tudo isso pode ser muito justo e muito razoável, apenas acho que os senhores mórmons legislaram conforme os seus interesses de homem e conforme os interesses da sua descendência, mas sem pensar absolutamente nas delicadas conveniências morais e físicas