faces da donzela, nem acordou desejos no peito das mulheres.
Mas se despissem Maria das castas vestimentas que lhe escondem o divino corpo, ela deixaria de ser a piedosa e cândida rainha dos céus, e seria Vênus, a deusa do amor e do pecado.
Estas considerações fi-las eu defronte do homem a quem minha filha chamava, de braços abertos e lábios postos em beijo, através das alvas e rendilhadas pétalas do seu leito virginal — grande lírio branco, embalsamado e puro, que franqueava a sua urna de amor ao resplandecente inseto fecundante.
Palmira tinha inteira razão em chamá-lo e desejá-lo com tamanho amor: um homem perfeito como aquele é a melhor obra de Deus. A mulher, essa lhe é tão inferior, em todos os sentidos, que não chega a ser o seu par, mas um simples complemento dele. A perfeição da mulher não é absoluta, como a do homem é relativa. Se o homem tivesse sempre a compreensão justa do seu próprio valimento e da superioridade, havia de ser para a pobre mulher muito melhor do que é com efeito, seria verdadeiramente o seu protetor moral,