braço de Virgílio, antes do nosso casamento, antes da nossa desilusão, quando eu ainda o amava com amor de mulher! César, ao meu lado, no carro, parecia também esquecido nas suas saudades, porque ia abstrato e mudo, olhando fixamente o misterioso horizonte de verdura, com as mãos subpostas a queixo e firmadas no castão da sua bengala.
Palmira e Leandro seguiam adiante cavalgando emparelhados, a rir e a conversar, gárrulos e donairosos. Ah! esses não ficam quietos e calados um só instante, porque iam vivendo do presente e do futuro. Avançavam a galope, resplendentes e soberbos no orgulho do seu amor e da sua mocidade, sem volver para trás os olhos enamorados; alheios a tudo, encarando com desdém o resto do mundo, como do alto da montaria olhavam no caminho as pobres cambaxilras, que esvoaçavam escorraçadas fugindo e gralheando à sua vitoriosa passagem.
Penetramos no coração da Floresta. Minha alma, de comovida, abriu-se de par em par, num êxtase contrito, num doce e profundo enlevo religioso. Tive vontade de