noivos continuava por bem dizer como dantes; simplesmente, já desposados, gozavam de mais liberdade entre si, e poderiam, à sorrelfa, ir mais longe nos seus galanteios. Quis, intencionalmente, criar-lhes um transitivo período de beijos furtados e desejos mal contidos. Isso era necessário. Seria preferível essa iniciação da sexualidade a deixá-los, conforme o costume, promiscuamente encerrados numa alcova, durante muitos dias seguidos.
É torpe lançar na mesma cama, sem transição, um rapaz e uma donzela, que horas antes se tratavam ainda com certa cerimônia e só se amavam por palavras, olhares e sorrisos. O salto é muito brusco; há de fatalmente perturbá-los. Reinará sempre mais vexame do que felicidade entre o casal que se vê duramente entalado na decantada lua-de-mel.
Não penso, todavia, como o Conde de Tolstoi, que o noviciado do amor seja análogo ao noviciado do vício de fumar, e produza no iniciante as mesmas náuseas e os mesmos incômodos; males terríveis, que os pacientes, não obstante, disfarçam em ambos os casos, sem coragem para dizer francamente