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Página:Livro de uma sogra.djvu/247

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com essas suas exigências, faz-me ter idéias que me repugnam! Eu amo muito minha mulher; sou homem, sinto-me comovido ao lado dela; desejo-a; (E creio que com isso não cometo um crime!) mas, depois de jantarmos juntos e juntos passarmos algumas horas tenho de retirar-me e meter-me sozinho em casa? Ora diga-me: parece-lhe que seria muito censurável, se eu, ao sair daqui, fosse procurar onde não tenho direito às consolações de que a senhora me priva ao lado da única mulher que legitimamente mas pode dar?...

— Leandro! Leandro, não digas isso! exclamou minha filha, correndo a lançar-se nos braços do marido. Ouça, mamãe! ouça o que ele está dizendo!...

— Não te podes queixar de mim, filhinha! respondeu meu genro, triunfante com o seu estratagema. Queixa-te de tua própria mãe!

— Não! protestou ela, passando-lhe os braços em volta do pescoço e beijando-o. Não quero que digas isso, mesmo sabendo que serias incapaz de semelhante deslealdade!

E correndo de novo para mim, já com as lágrimas a quebrarem-lhe a voz: — Vamos, mamãe,