reconciliação, e com algumas garrafas de vinho dentro e um cesto, licor indispensável em semelhantes sacrifícios, como é no sacrifício por excelência da igreja católica.
Pouco depois chegaram Marcelina, Lourenço e Francisco, que foram recebidos pelas duas mulheres à beira da estrada, onde eram esperados com impaciência.
Todos sabem ou ao menos avaliam com que atenções e cortesias se tratam no primeiro encontro pessoas que, depois de desavindas, reatam as antigas relações. Neste particular, nenhum dos que se achavam presentes levou vantagem a Lourenço, origem da desavença.
Das nove para as dez horas começou o almoço, na parte lateral do alpendre que dava para a várzea. Com ser almoço de gente pobre, foi variado e abundante.
Moquecas e amorés, e frigideiras e ensopados de goiamus, preparados na véspera por Marianinha; sarapatel feito do sangue do carneiro por Marcelina; angu de milho já nesse tempo muito usado entre o povo, e que Joaquina sabia fazer primorosamente, deram-lhe, com café com leite, e as usuais macaxeiras e batatas doces, honras de lauta refeição de gente abastada.
Quando foi chegando a ocasião do café, Francisco pegou do copo e, dirigindo-se a Marianinha, disse-lhe:
— Marianinha, enche o teu copo. Há de ser de virar. À saúde do teu casamento.