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LUPE
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— Qual depois, qual nada... Quando se sentisse farto, o senhor a largaria em qualquer porto, — no Panamá, por exemplo, onde, com os trabalhos da empreza, róla o ouro e ajuntou-se gente de todas as castas e de todos os paladares. Proseguiria, isto feito, tranquillamente na sua viagem. Asseguro que ella não morreria de fome nem de frio, e, no final da historia, havia de lhe ser grata...

— Não se exprima assim, D. Maria Augusta. Olhe que commette cruel injustiça. Lupe é uma infeliz rapariga, leviana, concordo, porém honesta.

— Não ha peior cégo do que aquelle que não quer ver, — atalhou rindo a hespanhola. Pois guarde a convicção da honestidade d’ella, e que lhe faça bom proveito...

Amofinavam-me estes dicterios, tanto mais quanto não me occorriam