JOANA - Comigo?... Eu não fiz nada!
DR. LIMA - Já te falo. (A JORGE) Aqui tem. Está nesta carteira um conto de réis. Tire o que precisar.
JORGE - Preciso de seiscentos mil-réis. Tenho oitenta, bastam-me quinhentos e vinte.
DR. LIMA - Não se acanhe!... Esses oitenta mil-réis são naturalmente o produto do seu relógio empenhado!... Vá desfazer essa transação. Gaste o que for preciso para pôr em ordem os seus negócios. Depois falaremos.
JORGE - Não lhe sei agradecer, doutor!... Se este dinheiro fosse para matar-me a fome, eu não o receberia com tanta avidez.
DR. LIMA - Agora a nossa conta, Joana. Jorge não te deu ou tem um papel?
JOANA - Meu senhor!...
JORGE - Como soube, doutor?
DR. LIMA - Eu não estava aqui?... Já se esqueceram?...
JORGE - Estava... mas...
DR. LIMA - Quando te deu esse papel, que te disse Jorge?