Página:Mãi - drama em 4 actos.djvu/28

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JORGE - A senhora me ofende, D. Elisa!... Exigi alguma coisa?

ELISA - Oh! não!... E é por isso que lho disse... Já lhe devemos seis meses.

JORGE - Não fale nisto! Nunca foi minha intenção receber paga de tão pequeno serviço. Ao contrário, tinha-me por feliz em poder prestá-lo.

ELISA - Mas eu é que não devo.

JORGE - Por que me recusaria isto? Assim, fique tranqüila. Continuaremos com as nossas lições.

ELISA - Como?... Não tenho piano.

JORGE - E este?

ELISA - Meu pai quer vendê-lo... Precisa...

JORGE - É só esse o motivo?... Eu lhe emprestarei o meu. Nunca toco.

ELISA - Ainda quando aceitasse, o que não devia, o seu delicado oferecimento, Sr. Jorge, era impossível continuar.

JORGE - Entendo D. Elisa. A senhora procura um pretexto para despedir-me; e eu estou torturando-a com a minha insistência.

ELISA - Sr. Jorge!...