a ter se ele souber. Pois meu filho havia de ser escravo como eu? Eu havia de lhe dar a vida para que um dia quisesse mal à sua mãe? Deu-me vontade de morrer para que ele não nascesse... Mas isso era possível?... Não, Joana devia viver!
DR. LIMA - Foi então que Soares te comprou...
JOANA - Ele me queria tanto bem! Deu por mim tudo quanto tinha... Dois contos de réis! Eu fui para sua casa. Aí meu nhonhô nasceu, e foi logo batizado como filho dele, sem que ninguém soubesse quem era sua mãe.
DR. LIMA - Desgraçadamente morreu poucos dias depois... Se eu soubesse então!...
JOANA - Mas meu senhor não sabia nada. Fui eu que lhe confessei...
DR. LIMA - Porque já tinha suspeitado...
JOANA - E por isso só. Vm. era capaz de afirmar? Não! Quem lhe contou fui eu, com a condição de não dizer nunca!...
DR. LIMA - Pois bem, Joana! Não direi uma palavra. Continuarás a ser escrava de teu filho. Será para ele a dor mais cruel quando souber...
JOANA - Nunca!... Quem vai lhe dizer?... Além de Vm. e de