Página:Mãi - drama em 4 actos.djvu/63

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DR. LIMA - Muito bem, Jorge. Deus o inspirou!

JOANA - Mas o quê... Que papel é este, nhonhô?

DR. LIMA - É a tua carta de liberdade, Joana!

JOANA - Não quero! Não preciso!

JORGE - Não é tua carta de liberdade, não, minha boa Joana; porque eu nunca te considerei minha escrava. É apenas um título para que não te envergonhes mais nunca da afeição que me tens.

JOANA - Mas eu não deixarei a meu nhonhô?

JORGE - A menos que tu não o exijas.

JOANA - Eu!... Que lembrança!

DR. LIMA - Não faz idéia do quanto me comove esta cena.

JORGE - As nossas almas se compreendem, doutor. Guarda, Joana, este papel...

JOANA - Por que nhonhô mesmo não guarda?

JORGE - De modo algum. Ele te pertence, manda-o registrar em um tabelião.