o sagaz estadista propondo que se acudisse “à constituição interior da sociedade”.
Algum progresso tem já havido no Peru; e, não longe de nós, a Confederação Argentina parece ir fechando a era lutuosa da caudilhagem. De todos, porém, é o Chile a mais adiantada república. O mecanismo constitucional não está ali enferrujado pelo sangue das discórdias civis, que poucas foram e de limitada influência.
Em frente da autoridade consolidada vive a liberdade vigilante e pacífica. O que um ministro da Colômbia propunha como necessidade do seu país, vai sendo desde muito uma realidade na República Chilena, onde a educação da infância merece do poder público aquela desvelada atenção, que um antigo diria ser a mais bela obra do legislador.
Muitos patrícios nossos, a instâncias de V. Ex., têm revelado numerosos documentos dos progressos do Chile. É de bom agouro esta solicitude. Valemos alguma coisa; mas não é razão para que desdenhemos os títulos que possa ter uma nação, juvenil como a nossa, e no seu tanto operária da civilização. Não imitemos o Parisiense de Montesquieu, que se admirava de que houvesse Persas. Entre a admiração supersticiosa e o desdém absoluto, há um ponto que é a justiça.