VENÂNCIO - Comprou uma preciosidade.
ELISA - Com outra que está agora por cima, e que eu não comprei, fazem duas, duas preciosidades.
VENÂNCIO - Disse muito bem! É tal o conchego que até se podem esquecer as horas... É verdade, que horas são? Duas e meia. A senhora dá-me licença?
ELISA - Já se vaI?
VENÂNCIO - Até à hora do jantar.
ELISA - Olhe, não me queira mal.
VENÂNCIO - Eu, mal! E por que?
ELISA - Não me obrigue a explicações inúteis.
VENÂNCIO - Não obrigo, não. compreendo de sobejo a sua intenção. Mas, francamente, se a flor está alta para ser colhida, é crime aspirar-lhe de longe o aroma e adorá-la?
ELISA - Crime não é.