Página:Machado de Assis - Teatro.djvu/151

Wikisource, a biblioteca livre

CENA III

Martins, Silveira

MARTINS - Que me dizes a isto?

SILVEIRA - É um parasita, está claro.

MARTINS - E virá jantar?

SILVEIRA - Com toda a certeza.

MARTINS - Ora esta!

SILVEIRA - É apenas o começo; não passas ainda de um quase-ministro. Que acontecerá quando o fores de todo?

MARTINS - Tal preço não vale o trono.

SILVEIRA - Ora, aprecia lá a minha filosofia. Só me ocupo dos meus alazões, mas quem se lembra de me vir oferecer artigos para ler e estômagos para alimentar? Ninguém. Feliz obscuridade!