PEREIRA - V. S. pode até fazer parte da nossa festa.
SILVEIRA - É muita honra.
PEREIRA - É meu costume, quando sobe um ministério, escolher o ministro mais simpático e oferecer-lhe um jantar. E há uma coisa singular: conto os meus filhos por ministérios. Casei-me em 50; daí para cá, tantos ministérios, tantos filhos. Ora, acontece que de cada pequeno meu é padrinho um ministro e fico eu assim espiritualmente aparentado com todos os gabinetes. No ministério que caiu, tinha eu dois compadres. Graças a Deus, posso fazê-lo sem diminuir as minhas rendas.
SILVEIRA (á parte) - O que lhe come o jantar é quem batiza o filho.
PEREIRA - Mas o nosso ministro, demorar-se-á muito?
SILVEIRA - Não sei... ficou de voltar.
MATEUS - Eu peço licença para me retirar. (À parte, a Silveira) Não posso ouvir isto.
SILVEIRA - Já se vai?