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Página:Machado de Assis - Teatro.djvu/242

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- (Fitando-lhe muito os olhos.) Esta senhora... Sabeis vós, de certo, quem é esta senhora do poeta, como eu o sei, como o sabem todos... Naturalmente amam-se ainda muito?

D. Manuel, à parte. - Que quererá ele?

CAMINHA - Amam-se por força.

D. MANUEL - Cuido que não.

CAMINHA - Que não?

D. MANUEL - Acabou, como tudo acaba.

CAMINHA, sorrindo. - Anda lá; não sei se me dizeis tudo. Amigos sois, e não é impossível que também vós... Onde está a nossa gentil senhora D. Francisca de Aragão?

D. MANUEL - Que tem?

CAMINHA - Vede: um simples nome vos faz estremecer. Mas sossegai, que não sou vosso inimigo; mui ao contrário, amo-vos, e a ela também... e respeito-a muito. Um para o outro nascestes. Mas, adeus, faz-se tarde, vou ter com El-rei. (Sai pela direita.)