CAVALCANTE - Não.
MAGALHÃES - Que paixão romanesca!
CAVALCANTE - Não, Magalhães; reconheço agora o que vale o mundo com as suas perfídias e tempestades. Quero achar um abrigo contra elas; esse abrigo é o claustro. Não sairei nunca da minha cela e buscarei esquecer diante do altar...
MAGALHÃES - Olha que vais cair do cavalo!
CAVALCANTE - Não te rias, meu amigo! MAGALHÃES - Não; quero só acordar-te. Realmente, estás ficando maluco. Não penses mais em semelhante moça. Há no mundo milhares e milhares de moças iguais à bela Dolores.
CAVALCANTE - Milhares e milhares? Mais uma razão para que eu me esconda em um convento. Mas é engano: há só uma, e basta.
MAGALHÃES - Bem; não há remédio senão entregar-te à minha tia.