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Página:Machado de Assis - Teatro.djvu/339

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D. LEONOR - Mas...

BARÃO (á parte) - Não entendeu. (Alto). Sou obrigado a ser mais franco. Henrique anda apaixonado por uma de suas sobrinhas, creio que esta que saiu daqui, há pouco. Impus-lhe que não voltasse a esta casa; ele resistiu-me. Só me resta um meio: é que V. Excia. lhe feche a porta.

D. LEONOR - Senhor Barão!

BARÃO - Admira-se do pedido? Creio que não é polido nem conveniente. Mas é necessário, minha senhora, é indispensável. A ciência precisa de mais um obreiro: não o encadeiemos no matrimônio.

D. LEONOR - Não sei se devo sorrir do pedido...

BARÃO - Deve sorrir, sorrir e fechar-nos a porta. Terá os meus agradecimentos e as bênçãos da posteridade.

D. LEONOR - Não é preciso tanto; posso fechá-la de graça.

BARÃO - Justo. O verdadeiro benefício é gratuito.

D. LEONOR - Antes, porém, de nos despedirmos, desejava dizer