INOCÊNCIO - Houve... (sorrindo) Mas não as digo... não!
VALENTIM - É segredo?
INOCÊNCIO - Se é!
VALENTIM - Sou discreto como uma sepultura; fale!
INOCÊNCIO - Oh! não! É um segredo meu e de mais ninguém... ou a bem dizer, meu e de outra pessoa... ou não, meu só!
DOUTOR - Respeitamos os segredos, seus ou de outros!
INOCÊNCIO - V. S. é, um portento! Nunca me hei de esquecer que me comparou ao sol! A certos respeitos andou avisado: eu sou uma espécie de sol, com uma diferença, é que não nasço para todos, nasço para todas!
DOUTOR - Oh! Oh!
VALENTIM - Mas V. S. está mais na idade de morrer que de nascer.
INOCÊNCIO - Apre, lá! com trinta e oito anos, a idade viril! V. S. é que é uma criança!