Página:Macunaíma (1928).pdf/238

Wikisource, a biblioteca livre

assombração ficou com tanto medo que nem se mexeu. Ele não sabia que era Oibê não. A fantasma vinha vindo:

— Vim buscar minha pacuera-cuera-cuera-cuera-cuera, de-lem!

Então Macunaíma percebeu que não era assombração nada, era mas o monstro Oibê minhocão temivel. Criou coragem pegou no brinco da orelha esquerda que era a máquina revolver e deu um tiro na assombração. Porêm Oibê não fez caso e veio vindo. O heroi tornou a ter medo. Pulou da rede agarrou a gaiola e escafedeu pela janela, jogando baratas no caminho todo. Oibê correu atrás. Mas era só de brincadeira que êle queria comer o heroi. Macunaíma desembestara agreste fora mais isso ia que ia acochado pelo minhocão. Então botou o furabolo na goela, fez cosquinha e lançou a farinha engulida. A farinha virou num areão e enquanto o monstro pelejava pra atravessar aquele mundo de areia escorregando, Macunaíma fugia. Tomou pela direita, desceu o morro do Estrondo que soa de sete em sete anos seguiu por uns caponetes e depois de cortar um travessão encapelado fez o Sergipe de ponta a ponta e parou ofegando num agarrado muito pedregoso. Na frente havia uma lapa grande furada por uma furna com um altarzinho dentro. Na boca da socava um frade. Macunaíma perguntou pro frade:

— Como se chama o nome de você?