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Página:Maria Feio - Doida Não (1920).pdf/108

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classificar-me de ressuscitada depois que, aos beneficios de uma assistência moral carinhosamente prodigalisada, se juntou o efeito de um sábio tratamento electroterápico.

Ao Snr. Dr. Carlos de Azevedo Albuquerque, vítima do seu admiravel sacerdócio de médico altruista, consagro uma reverente veneração pelo desinteressado carinho com que me tratou numa prolongada crise de abalos físicos e morais.

Salvou-me da morte, nos transes da maternidade, o Dr. Luiz Lobato, de Vila Real, cujas mãos de clinico insigne foram o primeiro berço onde repousou o mimoso recem-nascido que seria o seu colega e amigo de hoje...

Admiro no Dr. Melo Breyner, o bom amigo, a capacidade médica de fama mundial e o humanissimo especialista da devastadora avariose. Rendo homenagem aos méritos psiquiátricos do Dr. Júlio de Matos, que em crise tormentosa me revelou um nobre coração.

Conto no número dos raros e bons amigos o Dr. João Pavão, de Abbaças do Douro, e o Dr. Azeredo Antas, esposo exemplar e médico humanitário. E sou emfim crédora de cativantes e generosas atenções ao Dr. Gonçalves de Azevedo e Dr. Luciano Cordeiro, de Matosinhos; Dr. Henrique Botelho e Dr. Antonio Sampaio, de Vila Real; Dr. Gomes de Araújo, Dr. Cerqueira Magro, Dr. Adriano Fontes, Dr. Tito Fontes, Dr. Morais Frias, Dr. Corrêa de Barros, do Porto; Dr. Aurélio da Costa Ferreira, o pedagogista emérito; Dr. Samuel Maia, o apóstolo da nova sciência de cura preventiva pela higiene moral e alimentar, de Lisboa; e Dr. Costa Lobo, o sábio astrólogo de notável capacidade intelectual, de Coimbra.

Mas quando a fé e o amor aos princípios que humanisam a vida colectiva em reacções de equidade é balisa de combate, abdica-se dos interesses individuais para defender conveniências sociais. E se ao topo de um calvário de dores