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Página:Maria Feio - Doida Não (1920).pdf/62

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36 com todos os sinais da Destrutividade, 37, indicando o caracter vingativo; e a páginas 28 indicando o «Mau esposo» por excesso de Amatividade[1], falho de Conjugalidade[2] e Filogenitura[3].

É materialista e conquistador na idade madura de meio século, artritico voluptuosamente gozador de prazeres alimentares e amorosos.

Desempenha funções de representação oficial que lhe garantem aprêço, prestígio e interesses.

É vaidoso, egoista, rispido, no dominio conjugal.

É amavel, cortez, poldo, na vida pública. É casado com uma adoravel e franzina creatura que amofina e oprime no seu jugo de déspota violento e calérico, disfarçado em aparente bizarria. Tem filhos debeis que frequentemente brutalisa e depaupera. E mantem relações ilícitas nada morais.

É por isso mesmo que condena este caso, que quer todo o rigor para os cuipados, e toda a censura para quem humanamente os justifica.

Representa a farça de indignação, invocando uma moral e uma honra que rouba e profana anonimamente noutros lares.

E este moralista, defensor de uma moral que como tantos outros não cumpre, é conivente na imoralidade social, primeiro, porque, perante a sua moral, cubiçou a mulher do próximo; segundo, parque usa o rigor com a esposa e com os filhos, contribuindo para a degenerecência da raça; terceiro, para defender as suas conveniências,

 

  1. Faculdade elementar que faz amar o sexo oposto.
  2. Faculdade elementar que ama uma só pessoa do outro sexo.
  3. Faculdade elementar que ama as creancinhas.