Criou-se o corpo dos Cavaleiros do Bem com grande descontentamento da maioria da nação, que os olhava rancorosa chamando-lhe os privilegiados.
Muitos se propunham a perder parte da sua fortuna para adquirirem tal honra, mas desistiam em vista de sêr preciso provar que o seu comportamento fôra até então exemplar, e não o podiam fazer não só por lhes faltarem documentos como pelas informações colhidas.
Viam-se pois privados de usarem as águias brancas, elegante distintivo dos Cavaleiros do Bem.
Então, como eram poderosos e tinham muitos haveres, tentaram agitar o povo, espalhando dinheiro e ideas subversivas: e um, mais audaz, criou um grupo que intitulou os Cavaleiros do Mal.
Conspiravam na sombra contra a vida e propriedade dos Cavaleiros do Bem e, como estes se distinguiam pelas águias brancas, êles adoptaram as águias negras.
Como tramavam a ocultas, ninguêm pensava que êles existiam, o que lhes era profundamente desagradavel porque os Cavaleiros do Bem ostentavam as águias brancas á luz do sol que fazia rebrilhar o aço dos seus capacetes e o oiro das suas fardas.
D. Pelaio de Bajós era o Grão Chefe dos Cavaleiros do Mal. Tinha, pela sua muita vaidade, querido pertencer ás águias brancas e deixara para isso quasi metade da fortuna; mas tendo-se procedido a um inquérito rigoroso, soubera-se que êle ficara com a for-