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Nêle, o filho da rainha

Ficou do rei prisioneiro:

Pediu que as mãos lhe soltassem

E pôs fim ao cativeiro.


Antes porêm, sua mãe

Fez dizer ao cruel rei:

-Se me não dás o meu filho

De sangue te fartarei.


Ciro sorriu da ameaça

E mais feroz combateu.

Morreram persas e medos

E o próprio Ciro morreu.


Então a triste rainha,

Que sobretudo era mãe,

Quiz vingar-se e que a vingança

Passasse da morte alêm.


Mandou buscar o cadaver

E, depois de o maltratar,

Fez encher de sangue humano

Um ôdre até transbordar.


Mergulhou nêle a cabeça

Do seu pior inimigo,

Dizendo: Farta-te em sangue!

Eu cumpro sempre o que digo.