— Nhonhô, diga a estes senhores como é que se chama seu padrinho.
— Meu padrinho? é o Coronel Paulo Vaz Lobo Cezar de Andrade e Souza Rodrigues de Mattos; minha madrinha é a Excellentissima Senhora D. Maria Luiza de Macedo Rezende e Souza Rodrigues de Mattos.
— E’ muito esperto o seu menino, commentavam os ouvintes.
— Muito esperto, concordava meu pae; e os olhos babavam-se-lhe de orgulho, e elle espalmava a mão sobre a minha cabeça, fitava-me longo tempo, namorado, cheio de si.
Item, comecei a andar, não sei bem quando, mas antes do tempo. Talvez por apressar a natureza, obrigavam-me cedo a agarrar ás cadeiras, pegavam-me da fralda, davam-me carrinhos de páu. — Só só, nhonhô, só só, dizia-me a mucama. E eu, attrahido pelo chocalho de lata, que minha mãe agitava diante de mim, lá ia para a frente, cahe aqui, cahe acolá; e andava, provavelmente mal, mas andava, e fiquei andando.