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Lêde esse fragmento d’uma carta d’Oribe:

«No quartel general de Banancas de Cosonda 17 de abril de 1842. — Trinta e tantos mortos e alguns prisioneiros, entre as quaes se achava João Martines a quem hontem mandei decepar a cabeça.

Assignado: Manoel Oribe.»

Se ainda tendes em vosso poder a Gazeta mercantil, vêde o numero 5903, de 20 de setembro de 1842, e ahi encontrareis um relatorio official de Manuel Antonio Saravia, empregado no exercito de Oribe.

Este relatorio contém uma lista de desasete individuos, de que um era chefe de batalhão e outro capitão, que foram prisioneiros em Numayan, soffrendo ahi o castigo ordinario da pena de morte.

Voltemos ao illustre e virtuoso Oribe, numero 3007 do Diario da tarde, onde vem o seguinte a proposito da batalha de Monte Grande.

«Quartel general no Ceibal 14 de setembro de 1841.

«Entre os prisioneiros foi encontrado o traidor selvagem unitario, ex-coronel Facundo Borda, que foi executado immediatamente, com outros pertendidos officiaes de cavallaria e infanteria.

Manoel Oribe.»

Oribe estava feliz; um traidor lhe entregou o governador de Tucuman e os seus officiaes. Eis como elle annuncia esta noticia a Rosas.

«Quartel general de Métau 3 de outubro de 1841.

«Os selvagens unitarios que me entregaram o commandante Sandoval e que são Marion, o pertendido governador general de Tucuman, Avellanieda, o pertendido coronel J. M. Villela, o capitão José Espejo, e o tenente Leonardo de Sousa, foram immediatamente executados na forma ordinaria,