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Casamarca, 4 de novembro de 1841.

«Já lhe disse que pozemos em completa desordem o selvagem unitario Cubas, e que era perseguido, esperando ter em breve em meu poder a cabeça do bandido. Foi com effeito prisioneiro no Cerro das Ambastes, e a sua cabeça está exposta na praça publica da cidade.

«Depois da acção foram feitos prisioneiros dezenove officiaes que seguiam Cubas. Não dei quartel. O triumpho foi completo.

M. Maza.»

Vejamos de passagem no Boletim de Mendonça n.o 12, esta carta escripta no campo de batalha d’Arroyo Grande e dirigida ao governador Aldao pelo coronel D. Jeronymo Costa.

«Fizemos prisioneiros mais de cento e cincoenta officiaes que foram executados immediatamente.»

Todo o fogo de artificio tem o seu ramalhete, terminaremos pelo seu ramalhete este fogo de artificio de sangue.

Prometti fallar de novo em Rosas, e vou agora cumprir a minha promessa.

O coronel Zelallaran foi morto e a sua cabeça offerecida a Rosas que passou tres horas a dar-lhe pontapés. N’esse momento soube que um outro coronel, irmão d’armas do primeiro, havia sido feito prisioneiro. No primeiro momento teve tenção de o mandar fuzillar, mas depois mudou de resolução, e condemnou-o a ter doze horas por dia, durante tres dias, essa cabeça cortada em cima de uma meza que se devia achar collocada na sua frente.

Rosas mandou fuzillar na praça de S. Nicolau alguns dos prisioneiros do general Paz.

Entre elles estava o coronel Vedela antigo governador de S. Luiz; no meio do supplicio o filho do condemnado lançou-se nos braços de seu pae.

— Fuzillae ambos, disse Rosas.