com divisas verdes, e dizia com orgulho:
— Sou soldado de Garibaldi!
Depressa tomei intimidade com elle, tomou-me affeição, depois confiança, e quando tudo se determinou para a sua partida, um mez antes que elle deixasse Montevideo, parti eu para o Havre em um paquete.
Tinha as suas instrucções claras e precisas, como todas as que dá Garibaldi.
Estava encarregado de ir ao Piemonte e á Toscana e ver varios homens eminentes, e alem d’outros Fanti, Guerazzi, e Beluomini filho do general, tinha a morada de Guerazzi, escondido proximo a Pistoia.
Ajudado d’estes poderosos auxiliares, devia organisar a insurreição, de modo que quando Garibaldi desembarcasse em Via Reggio, a achasse prompta, e então apoderar-nos-ia-mos de Lucques, e marchariamos para onde houvesse esperança.
Atravessei París, depois da revolta de 15 de Maio, passei á Italia, e ao cabo de um mez, tinha 300 homens, promptos para marchar para onde quizesse, até para o inferno se fôra necessario; foi então que sube que Garibaldi tinha desembarcado em Nice.
A minha primeira impressão, foi o sentimento que elle se tivesse esquecido do que entre nós tinhamos convencionado.
Logo depois sube que Garibaldi tinha sahido de Nice, e ahi tinha deixado Anzani a morrer.
Gostava muito de Anzani, todos gostavam d’elle.
Corri a Nice, Anzani estava ainda vivo. Fil-o transportar para Genova, onde recebeu hospitalidade no palacio do marquez Gavotto, no quarto que occupava o pintor Gallino.
Estabeleci-me á sua cabeceira, e não o abandonei mais, estava affectado mais do que merecia, com a minha preocupação contra Garibaldi, muitas vezes me fallava d’elle, e um dia agarrando-me uma mão, e com um ar prophetico, disse-me — Medici, não sejas severo com Garibaldi, é um homem que recebeu do ceo tal felicidade, que faz bem de se