os intervalos de suas casas, tinham um aspecto de muita riqueza e luxo, ainda que de mau gosto. De tudo que levava a procissão, o que mais mereceu as honras do agrado dos devotos foi o rancho das Baianas que o leitor já conhece, e o sacrifício de Abraão, que ia representado ao vivo.
Caminhava adiante um menino com um feixe de lenha aos ombros, representando Isaac: logo atrás dele um latagão vestido com um traje extravagante, com uma enorme espada de pau suspensa sobre a cabeça do menino; era Abraão; um pouco mais atrás um anjo, suspendendo o furibundo gládio por uma fita de 3 ou 4 varas de comprimento.
Terminada a procissão, retiravam-se os convidados.
Ao sair o compadre com o pequeno, D. Maria chegou-se a ele, e disse-lhe significativamente:
— Apareça, que temos que conversar a respeito do pequeno...
Já se vê que o menino não era dos mais infelizes, pois que, se tinha inimigos, achava também protetores por toda parte. Para diante os leitores verão o papel que D. Maria representará nesta história.