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Página:Memorias de um sargento de milicias.djvu/50

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as parturientes que se confiavam aos seus cuidados. Entrou pela loja do barbeiro; e apenas o avistou foi-lhe dizendo:

— Então, com que a tal comadre pregou-nos o mono? Veja o que são doidices; fazer aquilo ao Leonardo, um homem que não é mal-arranjado... filho do Reino...

— Apertaram-lhe as saudades da terra, disse o compadre com sorriso maligno.

— Apertada se veja ela entre as unhas do tinhoso! Olhem que joiazinha... E você, mestre, ficou com a carga às costas...

— Carga, não... eu quero-lhe bem, ele é sossegadinho...

Começou então um interrogatório minucioso acerca do que tinha sucedido em casa do Leonardo; e os dois, compadre e comadre, desabafaram a seu gosto. Depois o compadre narrou, mesmo sem ser interrogado, todas as gentilezas do afilhado, e contou suas intenções a respeito dele. A comadre não concordou com elas (o que nada agradou ao compadre), não via o menino com jeito para padre; achava melhor metê-lo na Conceição a aprender um ofício. O compadre porém persistiu em seus intentos, que tinha muita esperança de ver realizados. Afinal a comadre retirou-se.

Pelo caminho foi repetindo o que acabara de saber a quanto conhecido encontrou, sem escrupulizar muito em acrescentar mais uma ou outra circunstância com que carregava as cores do quadro.

Entretanto o compadre aplicava-se a trabalhar na realização de seus intentos, e começou por ensinar o ABC ao menino; porém, por primeira contrariedade,