Rio Branco se assistisse a mais uma sessão legislativa, francamente favorável à abolição. Se um e outro vivessem, o caráter revolucionário do movimento teria talvez sido evitado, porque em ambos os partidos haveria no momento decisivo – depois foi tarde –, quem se identificasse com a propaganda, impedindo assim no futuro a aspiração liberal humana de tornar-se em fermento político... Eu não tenho, graças a Deus, dúvida que esta seria a sua atitude, e posso assim dizer que em 1879 não fiz como deputado senão continuar do ponto em que ele ficara, substituir-me a ele, com a diferença natural entre minha mocidade e sua velhice, desenvolvendo em favor dos escravos existentes o pensamento que ele assinalara como um dever nacional, tanto no preparo como na discussão da lei que libertou as gerações futuras.
Para o fim da vida seu liberalismo tinha tomado um tom muito acentuado, mas era sempre sob formas concretas que ele encarava a liberdade. Assim ocupava-se sobretudo das garantias judiciais da liberdade individual. Ele tinha um certo número de fórmulas constitucionais, de máximas políticas, que faziam parte de sua lealdade tanto à causa monárquica como à causa liberal. Conservador na mocidade e em toda a parte da carreira em que a vida se expandia e a emulação o inspirava, foi na idade do retraimento que ele rompeu com o partido da tradição,