ao poder dos senhores; 3º a ação complementar dos próprios proprietários, que, à medida que o movimento se precipitava, diminuíam diante dele as resistências, libertando em massa as suas “fábricas”; 4º a ação política dos estadistas, representando as concessões do governo; 5º a ação dinástica.
As duas primeiras categorias formavam círculos concêntricos compostos como eram em grande parte dos mesmos elementos. É a eles que pertence o grosso do Partido Abolicionista, os líderes do movimento. Para colocar cada figura no plano que lhe convém, com seu tamanho relativo, seria preciso outro juiz. Tendo visto na luta e no esforço cada um dos veteranos dessa campanha, eu não me perdoaria a mim mesmo a menor injustiça involuntária que fizesse a qualquer deles. Dissentimentos profundos me separaram de muitos depois da vitória, mas o espírito de imparcialidade que me anima a respeito de cada um faz ainda parte da lealdade que acredito ter mantido perfeita durante a abolição para com todos os auxiliares dela, os da primeira como os da undécima hora. Não farei tampouco o livro de ouro da grande propriedade brasileira nessa quadra. Na categoria dos chefes políticos posso destacar, porém, três estadistas que prestaram ao movimento em épocas diferentes um concurso decisivo: Dantas, que primeiro colocou ao serviço dela um dos partidos constitucionais do país,