Pão de Açúcar era uma saudação misteriosa do poder criador a que ele sempre respondia... Ao vê-lo sentado, a escutar os pássaros na mata ao lado, eu associava insensivelmente o mestre com as minhas primeiras lições de inglês e lembrava-me do vizir do sultão Mahmud. Os arredores do Rio de Janeiro especialmente o seduziam. Ele era de todos os passeios a que o convidassem para qualquer dos pontos pitorescos, que aí são sem número. Passar a tarde sob o arvoredo secular que se encontra em tantas das ilhas, observando o glorioso colorido das montanhas ao pôr do sol, era uma verdadeira volúpia para ele. A nossa vivenda de Paquetá agradava-lhe por lhe dar, com o silêncio e isolamento que cercava a biblioteca, a escolha, à vontade, do mar, do campo e da montanha: as praias extensas, a floresta acessível, a planície atapetada, se lhe agradava passear; a água serena, o mar fechado à vista, como um lago suíço, se queria tomar o nosso barco e mandar o Mudo, o nosso saudoso remador, abrir a vala para os pequenos ilhotes de onde se avistam de um extremo os Órgãos de Teresópolis, e no outro a serrania da cidade...Ele vinha sempre aos sábados e ficava o domingo, e às vezes, nas curtas férias que tinha, dias seguidos... Era visivelmente a despedida. Suas faculdades estavam intatas, ele era desses em que se sente que o espírito não sofrerá deperecimento, que se
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Aspeto