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— Mas aqui, na realidade, a cabeça é o executivo. Dá na mesma.

— Não sei, exclamou Mr. Slang com certa bonhomia, si dará na mesma attribuir ao que é mão funcções de cerebro. A experiencia do passado quatriennio parece-me decisiva. A mão executiva pensou e agiu como cinco dedos...

— Já com o governo novo não se dará isso. E' mão limpa.

— Logo, o systema brasileiro está errado, concluiu Mr. Slang. Equivale a um jogo. Fica de quatro em quatro annos na dependencia da qualidade da mão que o empolga.

— De facto assim é. Mas o Congresso, como o temos, não merece ser o detentor da hegemonia. Si a mão do executivo não lhe puzer freios, não sabemos onde irá parar o paiz...

— Si o mandatario é incompetente o povo que lhe casse o mandato e escolha outro á altura da missão.

— Mas o nosso povo é incapaz de escolher. Não tem a cultura, nem a educação necessaria para escolher.

— Nesse caso, como vive o seu paiz sob forma de governo representativo? Não acha um monstruoso contrasenso?