presentando papel curiosissimo. Não direi como descobri um ensaio seu no magazine americano, mas direi que versava sobre o humorismo inconsciente.
— Ha disso, Mr. Slang? perguntei-lhe, folheando o trabalho.
O inglez sorriu com malicia e apontou para um numero do “Jornal do Commercio”, recem-percorrido pelos seus olhos.
— Ha, e foi a leitura constante deste orgâo que me suggeriu a idéa. Não ficou no Monsieur Jourdain, de Molière, o privilegio de fazer prosa sem o saber...
Mr. Slang lê muito Bernard Shaw e não esquece os velhos humoristas, de Sterne a Wendell Holmes. Talvez lhe venha d'ahi certo “turn” de espirito, amigo de replicar por “tabellas” e ricochetes. Esta mordacidade, entretanto, perde-a elle depois do terceiro “drink”, donde concluo que não passa de simples attitude mental. In whisky veritas...
Da ultima vez que lá estive versou o debate sobre o thema do dia, a estabilização da moeda, e confesso que só aclarei as minhas idéas depois que elle m'as varreu com a vassoura do seu bom senso raciocinante.
— Que acha, Mr. Slang, da estabiliza-