para que as pessimas não levem muita gente ao céo.
Mr. Slang tocou a campainha e guardou silencio até que apparecesse o criado.
— Leve daqui estes cacos, ordenou-lhe.
O criado trouxe uma vassoura e varreu os fragmentos do escriba. Emquanto isso Mr. Slang dizia:
— Tenho minhas opiniões sobre o Egypto. Parece-me uma civilização que morreu por excesso de escribas...
— Pobres escribas! Como poderiam esses humildes parasitas dar cabo de uma civilização?
— Por escriba entendo o burocrata, a gente que passa a vida a encher de letras o papel branco. Elles vão suffocando o paiz e matando a vida, porque substituem movimento por gatafunhos. Tenho a impressão de que os escribas é que suffocaram o Egypto, tornando-o inerme ante as invasões.
Mr. Slang ficou de olhar absorto, como quem está a ver para dentro ou muito longe. Tirei-o daquelle estado com uma pergunta que de longo tempo trazia engatilhada.
— E aqui, Mr. Slang? Que acha da nossa burocracia? Terão forças os nossos escribas para tambem asphyxiar a vida do Brasil?