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Página:Mulheres e creanças.djvu/120

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MULHERES E CREANÇAS

uma menina se deva proscrever implacavelmente a outra poesia.

Quando digo isto refiro-me á poesia rimada, á que canta no ouvido, com uma musica que é muitas vezes traiçoeira.

Procure no entanto que seja o mais tarde possivel, que essas vozes de sereia penetrem no ouvido de sua filha.

Oh! é que é preciso muita força para resistir á influencia dissolvente que ellas teem em nós.

Nunca perca de vista que a vida é um combate, um rude e terrivel combate, e elles os que cantam e os que choram em vez de inocularem no espirito a força de que este precisa, tornam-n’o debil, amollecem-n’o, em voluptuosidades enervantes.

Ninguem tem medo de Lamartine.

As mães dão-n’o a ler ás suas filhas, os noivos dão-n’o de presente ás suas noivas.

Para todos elles é o mais puro dos poetas, um cysne que nunca maculou as suas pennas brancas no lodaçal das paixões insalubres!

Não se illuda com este juizo que universalmente se formou a respeito de Lamartine e dos melancolicos da sua escola.

Que maior perigo para uma alma juvenil do que a aspiração a um ideal impossivel? do que a sede de