CAPITULO IX
A uma noiva
Minha querida Maria:
A tua carta conta-me as tuas primeiras e adoraveis alegrias de noiva.
Estás radiante!
Subiste ao setimo céo da ventura humana e crês que não é possivel cahir de lá.
Fallas-me do teu véo branco, da tua corôa, das palavras enternecidas que elle te disse, das opulencias do teu enxoval, do teu quarto de cama á Pompadour, do amor que tens ao teu maridinho[1], do futuro que sonhas radioso, eu sei; fallas-me de tudo, filha, e eu li esse poema gentil da tua mocidade com um verdadeiro enternecimento bem sincero.
Fallas-me de tudo, digo eu; engano-me.
- ↑ "mar dinho" no original, erro tipográfico.