Não se esqueceu de mim, o meu querido filho; tem presentes todas as minhas licções, o laço mysterioso que um dia nos uniu conserva-se inquebrantavel, e hoje não deixa ainda de vir consultar-me a cada instante como nos dias em que a sua alma e a minha trocavam incessantemente confidencias mutuas.
Estou consolada!
Vejo descer a velhice sobre mim como uma noite calma, tranquilla e cheia de estrellas!
Não é nunca infructifera a obra das mães.
O meu sacrificio, se o foi, será continuado, e desatar-se-ha em flores bemditas de geração em geração.
Felizes todas as que puderem adormecer como eu no seio de um filho a quem deram tudo que tinham de melhor, de quem receberam tudo que n’este momento levanta a minha alma para além da vida terrestre, e me faz antever o somno tranquillo e doce das consciencias justas.
NO PRÉLO
CONTOS E PHANTASHIAS, 1 vol.